O Palácio da Antiga Escola Pública Primária da Freguesia de Santa Rita, Rio de Janeiro. Inaugurada em 1877 por Dom Pedro II, e projetado pelo arquiteto Francisco Bittencourt da Silva, era destinada inicialmente ao ensino primário de meninas e de meninos, separados em espaços específicos como era o costume na época. Foi uma das primeiras escolas públicas de instrução primária a funcionar em prédio próprio do Município da Corte. 

A partir de 1870, surgem as “Escolas do Imperador”, estabelecidas em prédios próprios, para a instrução primária no Município da Corte, a partir da iniciativa de D. Pedro II de não aceitar a construção de uma estátua equestre em sua homenagem e usar o dinheiro para a construção de Escolas. Até então, as escolas públicas que existiam, funcionavam em prédios alugados e o governo imperial também subvencionava algumas escolas particulares. O próprio Imperador Dom Pedro II, por sua conta, duas escolas particulares: uma na Freguesia de Santa Cruz e outra, na Quinta da Boa Vista.


Em março de 1977, o palacete passou a sediar a Biblioteca Popular Municipal da Gamboa. 

Hoje, o prédio da antiga Escola da Freguesia de Santa Rita é ocupado pelo Centro Cultural José Bonifácio, da Secretaria das Culturas da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Assim que Dom Pedro II assumiu o Império do Brasil, em 1841, o setor educacional estava em situação deplorável, como resultado da má administração do Período Regencial. Segundo o historiador Max Fleiuss: “Em 1844 havia no Rio de Janeiro apenas 16 escolas públicas e 34 colégios particulares. Em 1860 as escolas públicas são 3.516, com mais de 115.000 alunos. Em 1889, são 300.000 alunos frequentando 7.500 escolas

No censo de 1890, a população de analfabetos no Rio de Janeiro caiu para 66%., porém para o Resto do Brasil, a porcentagem de analfabetos (82%) continuou a mesma.

Dom Pedro II era conhecido pelo apreço a profissão do professor, pelas escolas e pela educação como um todo, tendo Dom Pedro II escrito em seu diário e repetido diversas vezes: “Se eu não fosse imperador, quisera ser mestre-escola. Não conheço missão mais nobre do que essa de dirigir as inteligencias moças de preparar os homens do futuro".