O coração de D. Pedro I é preservado desde 1830, e saiu da cidade do Porto, em Portugal, no dia 21 de agosto de 2022, rumo ao Distrito Federal. A chegada à Brasília ocorreu hoje, segunda-feira (22). O governo brasileiro solicitou o empréstimo da curiosa relíquia para as comemorações dos 200 anos da Independência.

A viagem foi de responsabilidade da Força Aérea Brasileira. A primeira parada da relíquia será no Palácio do Planalto. "O coração do nosso D. Pedro será recebido com honras de chefe de Estado, com salvas de canhão e escoltado pelos Dragões da Independência, ficará fora cerca de 20 dias, mas vai regressar com mais reconhecimento e admiração por parte do povo brasileiro", afirmou Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, que equivale à prefeitura da cidade.

CHEGADA AO BRASIL - logo seguiu o Palácio do Planalto, para depois repousar no Palácio do Itamaraty, onde ficará em exibição até as comemorações do bicentenário. A viagem de volta para a cidade do Porto está marcada para o dia seguinte, 8 de setembro.

COMO FOI CONSTRUÍDO O ACORDO DE LIBERAÇÃO DO ÓRGÃO - As negociações para o empréstimo do coração levaram cerca de quatro meses e envolveram o governo português, a Câmara do Porto e representantes da Irmandade da Lapa, entidade religiosa que guarda a relíquia.

LIBERAÇÃO PARA VIAGEM - O parecer positivo para a viagem só ocorreu depois que uma equipe de peritos avaliou as condições do órgão e garantiu que não haveria riscos. Os profissionais exigiram que o transporte seja em um ambiente pressurizado. 

EXPOSIÇÃO INÉDITA - A viagem do coração é uma oportunidade inédita para que a população brasileira possa ver o coração de Dom Pedro I de perto. A relíquia originalmente fica armazenada em um vaso de vidro com formol, numa urna trancada por cinco chaves, dentro de um cofre, na Igreja da Lapa, na cidade do Porto em Portugal. 

O RETORNO - Ocorrerá no dia 8 de setembro, chegando à Portugal no dia 9, onde ficará em exposição sob forte esquema de segurança para evitar aglomerações próximas da vitrine e presença permanente de policiais. A última exposição terá uma cerimônia de encerramento onde o coração será novamente guardado em um cofre.