Foi um órgão do Ministério da Agricultura criado em 1962 e extinto em 1990. Tinha o objetivo de promover o abastecimento estatal nas grandes metrópoles de artigos hortifrutigranjeiros, assim abrindo postos de varejo por todo o país.

A Companhia Brasileira de Alimentos ficou conhecida como COBAL, registrando seu surgimento em 1962, e com o objetivo de atender ao crescimento da população urbana, esta, sofria de escassez de oferta de produtos hortifrutigranjeiros, devido à limitada cadeia logística da época, pois nosso país não conta com uma boa estrutura de escoamento de produção, represando boa parte do que era produzido no campo.

Ao perceber essa deficiência no escoamento de produção, o governo teve que criar uma estratégia, assim, foram criadas as centrais de abastecimento e postos de varejo, e no início da década de 1970, uma das iniciativas da COBAL consistiu em implantar hortomercados, que se destinavam ao comércio varejista de hortifrutigranjeiros, concentrando os vendedores em um único espaço coberto, visando a melhoria das condições de higiene e a redução das perdas de alimentos perecíveis.

O governo não parou por aí, pois logo foi desenvolvida a estratégia de um mercado volante. Algo marcante na vida de muitos brasileiros até 1990, uma vez que, o mercado volante trazia em sua grande carreta os hortifrutigranjeiros e outros produtos que eram comuns em mercados convencionais e com preços mais adequados para os mais humildes.

Em especial, podemos rememorar o mercado volante que frequentemente era estacionando ao lado do centro comunitário da Velha Cap (Hoje praça da Bíblia, Candangolândia), no Distrito Federal. Unidades foram planejadas para suprir as demandas de todas as classes sociais e era visto como modelo para áreas urbanas de renda baixa, média e alta.

A COBAL seria um projeto atemporal, tendo lugar hoje em dia mesmo após o seu fim em 1990? Creio que sim, mas em outros moldes. 

Em minha concepção, separaria somente a estratégia do mercado volante, para que este visite as cidades satélites. Seria o fomento ao sistema produtor local de Hortifrutigranjeiros, mas também seria ambiente exclusivo para produtos de industrializados e envasados no Distrito Federal. A criação de um mercado volante que estimula a produção regional, não é um retrocesso desde que seja utilizado para o bem do sistema produtor local.